Thursday, November 22, 2007
Le temps passe plus vite que moi...
Dizem que disseram os mais sábios: Sabedoria é ter o plano A, o B caso o A não ocorra e um C ou D, caso nenhum outro funcione. Passamos a vida inteira mensurando o que será que será, as possibilidades de tudo dar errado no final. E vivemos com esse medo do amanhã, deixando de lado o que o agora nos reserva. Aquele clichê do Carpe Diem, tão batido de boca em boca, não passa, na maioria das vezes, do plano ideal.
Quando não é o passado que nos atormenta, é o futuro.
Pq viver no presente é assim, tão difícil?
...
Monday, November 05, 2007
Last waltz...
"I figured out so many things travelling, I learned about life, I learned about myself, I heard secrets and answers to questions I've had before...but there's just one mistery I could never solve...why my heart couldn't let go of you"
(O ilusionista)
Entre filmes mil nessas férias tediosas, paro pra pensar nas coisas que não consegui deixar no passado. Até onde vai o apego à lembranças e momentos que não voltam mais...?
É tão difícil assim entender que o futuro, que depende inteiramente de você, será melhor do que o que passou pelo simples fato de que vc tem mais experiência de vida e a cabeça mais aberta pra o mundo..?
Certas coisas que carregamos na pele exigem um pouco mais do que o tempo para nos deixar...um pouco mais de vontade, um pouco mais de sorte, talvez.
Friday, October 19, 2007
Vícios de linguagem...
Eu subo pra cima, você desce pra baixo, eu entro pra dentro e você sai pra fora.
Atingindo a epifania, me pergunto a mim mesma: viciados em palavras, em fumaças, em notas musicais, em bebidas, em jogos, em números, em substâncias... mas... em erros?!
Acredito que se diagnostica o vício em errar quando ele foi previsto, pensado e repensado e, ainda assim, realizado. É como se o fazer certo não despertasse tantas emoções, nem dinamizasse o estático. Além do que, o viciado em erros, não se reconhece sem tropeçar ou fazer buracos...é quase como se perdesse sua identidade. Ou como se não se reconhecesse como humano..afinal já caracterizamos e associamos o erro ao fato de ser e existir..logo, não faria parte.
Como nada que provoca dependência é bem visto, escondo-me com minhas barras de chocolate, minhas notas musicais favoritas e minha coleção de erros. E que joguem a primeira pedra...
Sunday, October 14, 2007
Poesia em imagens
"Et tu étais admise bien sur
Tu as quitté Boston pour aménager à Paris
Un petit appartement dans la rue de Faubourg Saint-Denis
Je t'ai montré notre quartier
Mes bars, mon école,
Je t'ai présenté à mes amis, à mes parents
J'ai écouté les textes que tu répétais
Tes chantes, tes espoirs, tes désirs, ta musique
J'ai écouté la mienne
Mon italien, mon allemand, mes strippes de russe
Je t'ai donné un walkman
Tu m'as offert un oreiller
Et un jour,
Tu m'as embrassé
Le temps passait
Le temps filait
Et tout parait si facile
Si simple, libre
Si nouveau et si unique
On allait au cinéma
On allait danser
Faire des courses
On riait, tu pleurais
On nageait, on fumait
On se rasait,
De temps à autre
Tu criais
Sans aucune raison
Ou avec raison parfois
Oui, avec raison parfois
Je t’accompagnais au conservatoire
Je révisais mes examens
J'écoutais tes exercices de chant
Tes espoirs, tes désirs,
Ta musique
J'écoutais la mienne
Nous étions proches
Si proches
Toujours plus proches
Nous allions au cinéma
Nous allions nager
Rions ensemble
Tu criais,
Avec une raison parfois
Et parfois sans
Le temps passait
Le temps filait
Je t’accompagnais au conservatoire
Je révisais mes examens
Je m'écoutais parler italien, allemand, russe, français
Je révisais mes examens
Tu criais
Parfois avec raison
Le temps passait
Sans raison
Tu criais
Sans raison
Je révisais mes examens,
Mes examens,
Mes examens,
Mes examens.
Le temps passait
Tu criais
Tu criais
Tu criais
J’allais au cinéma.. "
(True - Paris, Je t'aime)
http://www.youtube.com/watch?v=ElEbcBHCrwA
Tu as quitté Boston pour aménager à Paris
Un petit appartement dans la rue de Faubourg Saint-Denis
Je t'ai montré notre quartier
Mes bars, mon école,
Je t'ai présenté à mes amis, à mes parents
J'ai écouté les textes que tu répétais
Tes chantes, tes espoirs, tes désirs, ta musique
J'ai écouté la mienne
Mon italien, mon allemand, mes strippes de russe
Je t'ai donné un walkman
Tu m'as offert un oreiller
Et un jour,
Tu m'as embrassé
Le temps passait
Le temps filait
Et tout parait si facile
Si simple, libre
Si nouveau et si unique
On allait au cinéma
On allait danser
Faire des courses
On riait, tu pleurais
On nageait, on fumait
On se rasait,
De temps à autre
Tu criais
Sans aucune raison
Ou avec raison parfois
Oui, avec raison parfois
Je t’accompagnais au conservatoire
Je révisais mes examens
J'écoutais tes exercices de chant
Tes espoirs, tes désirs,
Ta musique
J'écoutais la mienne
Nous étions proches
Si proches
Toujours plus proches
Nous allions au cinéma
Nous allions nager
Rions ensemble
Tu criais,
Avec une raison parfois
Et parfois sans
Le temps passait
Le temps filait
Je t’accompagnais au conservatoire
Je révisais mes examens
Je m'écoutais parler italien, allemand, russe, français
Je révisais mes examens
Tu criais
Parfois avec raison
Le temps passait
Sans raison
Tu criais
Sans raison
Je révisais mes examens,
Mes examens,
Mes examens,
Mes examens.
Le temps passait
Tu criais
Tu criais
Tu criais
J’allais au cinéma.. "
(True - Paris, Je t'aime)
http://www.youtube.com/watch?v=ElEbcBHCrwA
Friday, October 05, 2007
Espera chegar no refrão!
Finalmente terminei de ler o livro de Luis Fernando Veríssimo que se materializou no meu guarda-roupa. (Sim, existe um portal mágico para as prateleiras da Siciliano - caso o livro seja seu, não venha estragar minha fantasia..já pedi pelo "Caçador de pipas" e tenho a ctz de que ele vai aparecer)
O nome do livro é "O jardim do diabo", o primeiro romance do ilustríssimo. Tinha cá minhas interrogações quanto ao desempenho do Sr. Veríssimo nesse gênero...mas gênio que se preze, é mestre em contos, romances, poesias, obituário de jornais, bula de remédio ou folhetim das Lojas Americanas.
Outra coisa que anda se materializando aqui em casa (digo isso quando desconheço a procedência ou não quero lembrar) são as revistas Caras. Como não aprecio muito aquela coisa de ver todos ricos, felizes e sem problemas (já me saturei com os contos-de-fada da Disney) eu só folheio vagamente, pelo prazer de virar páginas ou por gostar do desafio de procurar algo verdadeiramente interessante lá dentro (façanha para poucos). Quando, um dia, me surpreendo com o meu querido amado na Capa. Olhei duas vezes, acho que três, para me certificar. Sim, era ele, tocando Sax. Procuro o mesmo entre páginas de Carlas Perez ou Bundchens, até visualizar meu ídolo gordinho sorridente. Fiquei alguns minutos imaginando o que ele estava fazendo ali..(é como encontrar uma receita de bolo em um livro científico) e me surpreendi quando encontro uma frase do mesmo dizendo que preferia tocar à escrever. Como não escutei suas notas musicais, bato o pé e prefiro suas palavras.
Um trecho desse último livro:
"O tempo passa, as pessoas mudam, é uma tragédia.
É isso, a tragédia é que o tempo passa. A tragédia humana é essa. O tempo é o instigador, o tempo é o assassino, o tempo é o profanador. É por isso que a inocência é impossível. Só o atemporal é inocente e nada é atemporal, tudo acaba aviltado pelo tempo. E pela certeza da morte, que é o último crime do tempo."
O nome do livro é "O jardim do diabo", o primeiro romance do ilustríssimo. Tinha cá minhas interrogações quanto ao desempenho do Sr. Veríssimo nesse gênero...mas gênio que se preze, é mestre em contos, romances, poesias, obituário de jornais, bula de remédio ou folhetim das Lojas Americanas.
Outra coisa que anda se materializando aqui em casa (digo isso quando desconheço a procedência ou não quero lembrar) são as revistas Caras. Como não aprecio muito aquela coisa de ver todos ricos, felizes e sem problemas (já me saturei com os contos-de-fada da Disney) eu só folheio vagamente, pelo prazer de virar páginas ou por gostar do desafio de procurar algo verdadeiramente interessante lá dentro (façanha para poucos). Quando, um dia, me surpreendo com o meu querido amado na Capa. Olhei duas vezes, acho que três, para me certificar. Sim, era ele, tocando Sax. Procuro o mesmo entre páginas de Carlas Perez ou Bundchens, até visualizar meu ídolo gordinho sorridente. Fiquei alguns minutos imaginando o que ele estava fazendo ali..(é como encontrar uma receita de bolo em um livro científico) e me surpreendi quando encontro uma frase do mesmo dizendo que preferia tocar à escrever. Como não escutei suas notas musicais, bato o pé e prefiro suas palavras.
Um trecho desse último livro:
"O tempo passa, as pessoas mudam, é uma tragédia.
É isso, a tragédia é que o tempo passa. A tragédia humana é essa. O tempo é o instigador, o tempo é o assassino, o tempo é o profanador. É por isso que a inocência é impossível. Só o atemporal é inocente e nada é atemporal, tudo acaba aviltado pelo tempo. E pela certeza da morte, que é o último crime do tempo."
Friday, June 01, 2007
O haver..
"Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
essa intimidade perfeita com o silêncio.
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo.
Perdoai: eles não têm culpa de ter nascido.
Resta esse antigo respeito pela noite
esse falar baixo
essa mão que tateia antes de ter
esse medo de ferir tocando
essa forte mão de homem
cheia de mansidão para com tudo que existe.
Resta essa imobilidade
essa economia de gestos
essa inércia cada vez maior diante do infinito
essa gagueira infantil de quem quer balbuciar o inexprimível
essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons
esse sentimento da matéria em repouso
essa angústia da simultaneidade do tempo
essa lenta decomposição poética
em busca de uma só vida
de uma só morte
um só Vinícius.
Resta esse coração queimando
como um círio numa catedral em ruínas
essa tristeza diante do cotidiano
ou essa súbita alegria ao ouvir na madrugada
passos que se perdem sem memória.
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
essa cólera cega em face da injustiça e do mal-entendido
essa imensa piedade de si mesmo
essa imensa piedade de sua inútil poesia
de sua força inútil.
Resta esse sentimento da infância subitamente desentranhado
de pequenos absurdos
essa tola capacidade de rir à toa
esse ridículo desejo de ser útil
e essa coragem de comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade,
essa vagueza de quem sabe que tudo já foi,
como será e virá a ser.
E ao mesmo tempo esse desejo de servir
essa contemporaneidade com o amanhã
dos que não tem ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar,
de transfigurar a realidade
dentro dessa incapacidade de aceitá-la tal como é
e essa visão ampla dos acontecimentos
e essa impressionante e desnecessária presciência
e essa memória anterior de mundos inexistentes
e esse heroísmo estático
e essa pequenina luz indecifrável
a que às vezes os poetas tomam por esperança.
Resta essa obstinação em não fugir do labirinto
na busca desesperada de alguma porta
quem sabe inexistente
e essa coragem indizível diante do grande medo
e ao mesmo tempo esse terrível medo de renascer
dentro da treva.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
de refletir-se em olhares sem curiosidade, sem história.
Resta essa pobreza intrínseca, esse orgulho,
essa vaidade de não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta essa fidelidade à mulher e ao seu tormento
esse abandono sem remissão à sua voragem insaciável.
Resta esse eterno morrer na cruz de seus braços
e esse eterno ressuscitar para ser recrucificado.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte
esse fascínio pelo momento a vir, quando, emocionada,
ela virá me abrir a porta como uma velha amante
sem saber que é a minha mais nova namorada." (Vinícius de Moraes)
youtube: http://www.youtube.com/?v=u6LcZfStlfc
essa intimidade perfeita com o silêncio.
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo.
Perdoai: eles não têm culpa de ter nascido.
Resta esse antigo respeito pela noite
esse falar baixo
essa mão que tateia antes de ter
esse medo de ferir tocando
essa forte mão de homem
cheia de mansidão para com tudo que existe.
Resta essa imobilidade
essa economia de gestos
essa inércia cada vez maior diante do infinito
essa gagueira infantil de quem quer balbuciar o inexprimível
essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons
esse sentimento da matéria em repouso
essa angústia da simultaneidade do tempo
essa lenta decomposição poética
em busca de uma só vida
de uma só morte
um só Vinícius.
Resta esse coração queimando
como um círio numa catedral em ruínas
essa tristeza diante do cotidiano
ou essa súbita alegria ao ouvir na madrugada
passos que se perdem sem memória.
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
essa cólera cega em face da injustiça e do mal-entendido
essa imensa piedade de si mesmo
essa imensa piedade de sua inútil poesia
de sua força inútil.
Resta esse sentimento da infância subitamente desentranhado
de pequenos absurdos
essa tola capacidade de rir à toa
esse ridículo desejo de ser útil
e essa coragem de comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade,
essa vagueza de quem sabe que tudo já foi,
como será e virá a ser.
E ao mesmo tempo esse desejo de servir
essa contemporaneidade com o amanhã
dos que não tem ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar,
de transfigurar a realidade
dentro dessa incapacidade de aceitá-la tal como é
e essa visão ampla dos acontecimentos
e essa impressionante e desnecessária presciência
e essa memória anterior de mundos inexistentes
e esse heroísmo estático
e essa pequenina luz indecifrável
a que às vezes os poetas tomam por esperança.
Resta essa obstinação em não fugir do labirinto
na busca desesperada de alguma porta
quem sabe inexistente
e essa coragem indizível diante do grande medo
e ao mesmo tempo esse terrível medo de renascer
dentro da treva.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
de refletir-se em olhares sem curiosidade, sem história.
Resta essa pobreza intrínseca, esse orgulho,
essa vaidade de não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta essa fidelidade à mulher e ao seu tormento
esse abandono sem remissão à sua voragem insaciável.
Resta esse eterno morrer na cruz de seus braços
e esse eterno ressuscitar para ser recrucificado.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte
esse fascínio pelo momento a vir, quando, emocionada,
ela virá me abrir a porta como uma velha amante
sem saber que é a minha mais nova namorada." (Vinícius de Moraes)
youtube: http://www.youtube.com/?v=u6LcZfStlfc
Saturday, May 26, 2007
Volare, ôÔ...cantare!
Em momentos finais de embriaguez já um tanto nostálgica, começamos a nos despedir de Lyon. Sem saber direito o que o destino nos reserva na próxima esquina, se um retorno em breve, um retorno ao longe, um adeus...sei lá.
E perguntas girando na cabeça, medos percorrendo as veias, ansiedades e saudades, uma mistura, verdadeira bomba atômica.
E o Brasil, colorido, dá a chamada final e nos espera. E é a gente pedindo pro tempo párar, ir mais devagar..
E os amigos dizem "volta logo", a família pede "vemmmmmm" e o coração preso em algum canto nessa França, sem querer partir.
Devia eu já ter me habituado a essa minha vida que sempre foi tão cigana. Nesse meu circo da vida, já empacotei minhas lembranças, em média, dez vezes. E sempre começando do zero, às vezes do um ou do dois, mas nunca muito mais do que isso.
Enquanto não sou intimada pela TAP para partir, vou em uma fonte em Roma, com o meu pedido ao lado.
E deixa a vida me levar...
Tuesday, April 17, 2007
Nem cinco minutos guardados...
Teus olhos querem me levar
Eu só quero que você me leve
Eu ouço as estrelas
Conspirando contra mim
Eu sei que as plantas me vigiam do jardim...
As luzes querem me ofuscar
Eu só quero que essa luz me cegue
Nem cinco minutos guardados dentro de cada cigarro
Não há pára-brisa pra limpar, nem vidros no teu carro
O meu corpo não quer descansar
Não há guarda-chuva contra o amor...
O teu perfume quer me envenenar
Minha mente gira como um ventilador
A chama do teu isqueiro quer incendiar a cidade
Teus pés vão girando igual aos da porta estandarte
Tanto faz qual é a cor da sua blusa
Tanto faz a roupa que você usa
Faça calor ou faça frio
É sempre carnaval no Brasil
Eu estou no meio da rua
Você está no meio de tudo
O teu relógio quer acelerar,
Quer apressar os meus passos
Não há pára-raio contra o que vem de baixo
Tanto faz qual é a cor da sua blusa
Tanto faz a roupa que você usa
Faça calor ou faça frio
Eu só quero que você me leve
Eu ouço as estrelas
Conspirando contra mim
Eu sei que as plantas me vigiam do jardim...
As luzes querem me ofuscar
Eu só quero que essa luz me cegue
Nem cinco minutos guardados dentro de cada cigarro
Não há pára-brisa pra limpar, nem vidros no teu carro
O meu corpo não quer descansar
Não há guarda-chuva contra o amor...
O teu perfume quer me envenenar
Minha mente gira como um ventilador
A chama do teu isqueiro quer incendiar a cidade
Teus pés vão girando igual aos da porta estandarte
Tanto faz qual é a cor da sua blusa
Tanto faz a roupa que você usa
Faça calor ou faça frio
É sempre carnaval no Brasil
Eu estou no meio da rua
Você está no meio de tudo
O teu relógio quer acelerar,
Quer apressar os meus passos
Não há pára-raio contra o que vem de baixo
Tanto faz qual é a cor da sua blusa
Tanto faz a roupa que você usa
Faça calor ou faça frio
Friday, March 23, 2007
Umas e outras...
"Por isso às vezes ela cansa e senta um pouco pra chorar,
Que dia, poxa, que vida danada, tem tanta calçada pra se caminhar..."
Em uma daquelas noites em que os olhos pesam, o corpo pede descanso mas sua mente, inquieta, não se rende.
E não sabe o que se passa, talvez seja mesmo tal confusão que não a faça se entregar assim.
Um aperto no peito, um vazio de sabe-lá-oquê, tempos difíceis, crescer...
Sentindo falta da terra do nunca que crio para me refugiar dessa vida que pode ser duramente real...mas não consigo encontrá-la.
E cada um em busca de algo pra se reafirmar, ao observar o mundo, dou-me conta da loucura inerente a cada um. E como somos inseguros, como precisamos de reconhecimento, como somos carentes do próximo mas ignorantes e orgulhosos o suficiente para negarmos!
E é o mundo todo querendo demonstrar seu valor mas, na verdade, não com o objetivo de convencer e ser valorizado pelos outros e sim para, na aprovação alheia, provar a si mesmo...somos tolos, às vezes patéticos.
E meu pai sempre disse que eu tinha vocação para ser veterinária.
É, os pais sempre têm razão.
Que dia, poxa, que vida danada, tem tanta calçada pra se caminhar..."
Em uma daquelas noites em que os olhos pesam, o corpo pede descanso mas sua mente, inquieta, não se rende.
E não sabe o que se passa, talvez seja mesmo tal confusão que não a faça se entregar assim.
Um aperto no peito, um vazio de sabe-lá-oquê, tempos difíceis, crescer...
Sentindo falta da terra do nunca que crio para me refugiar dessa vida que pode ser duramente real...mas não consigo encontrá-la.
E cada um em busca de algo pra se reafirmar, ao observar o mundo, dou-me conta da loucura inerente a cada um. E como somos inseguros, como precisamos de reconhecimento, como somos carentes do próximo mas ignorantes e orgulhosos o suficiente para negarmos!
E é o mundo todo querendo demonstrar seu valor mas, na verdade, não com o objetivo de convencer e ser valorizado pelos outros e sim para, na aprovação alheia, provar a si mesmo...somos tolos, às vezes patéticos.
E meu pai sempre disse que eu tinha vocação para ser veterinária.
É, os pais sempre têm razão.
Wednesday, February 14, 2007
Il va pleuvoir...
Vai chover de novo,
deu na tv que o povo já se cansou de tanto o céu desabar,
E pede a um santo daqui que reza a ajuda de Deus,
mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim,
Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar,
Não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar à tempestade
Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?
Cadê aquela outra mulher?
Você me parecia tão bem,
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar,
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha tv que eu vou de vez,
Não há porque chorar por um amor que já morreu,
Deixa pra lá, eu vou, adeus.
Meu coração já se cansou de falsidade
deu na tv que o povo já se cansou de tanto o céu desabar,
E pede a um santo daqui que reza a ajuda de Deus,
mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim,
Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar,
Não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar à tempestade
Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?
Cadê aquela outra mulher?
Você me parecia tão bem,
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar,
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha tv que eu vou de vez,
Não há porque chorar por um amor que já morreu,
Deixa pra lá, eu vou, adeus.
Meu coração já se cansou de falsidade
Friday, February 02, 2007
Eu me perdi em algum atalho no caminho...
E não dá pra entender como a vida parece rir de nossa cara às vezes. De show de Truman à eu queria ser John Malcovich, tudo vem sempre com um tom de realidade irreal.
Por mais que queiramos o controle, façamos planos, como diria Chico, vem sempre a roda-viva e carrega o destino pra lá. E nessas horas, fecho os olhos como alguém que tenta acordar!
Nem sei mais o que bate, não me pergunto mais o porquê. Simplesmente, eu não quero mais entender...
Por mais que queiramos o controle, façamos planos, como diria Chico, vem sempre a roda-viva e carrega o destino pra lá. E nessas horas, fecho os olhos como alguém que tenta acordar!
Nem sei mais o que bate, não me pergunto mais o porquê. Simplesmente, eu não quero mais entender...
Saturday, January 06, 2007
Besame mucho
Resoluções de ano novo, clichê anual. Desde regimes, mais esportes, parar de fumar e beber..aquela velha ilusão de colocar um marco no tempo e decidir que tudo será diferente a partir de então. Sempre disse não por não acreditar, mas esse ano quis fazer parte do clichê.
Quero que seja diferente e sei que esse querer faz diferença. Retrospectivas me levam a pequenas dores e arrependimentos irreversíveis mas, ao mesmo tempo, a ter mais cautela e não me deixar mais tão vulnerável.
Cada passo pensado, escudo sempre à frente e valores bem fixos na mente.
E de mais em mais, descobri que o calor espanhol faz milagres. Agora, com mais um idioma fluente (hahahaha) (gracias, feliz año nuevo, valla), aprendi que nunca se pode cortar o cabelo com alguém incapaz de compreender sua língua ou vice-versa. Não me perguntem como descobri isso, só sei que Chitãozinho, no início da carreira, fala por mim.
E viajar, trens, estações, albergues. Pessoas. Pessoas. (É, meu sonho se realizando.)
Quero que seja diferente e sei que esse querer faz diferença. Retrospectivas me levam a pequenas dores e arrependimentos irreversíveis mas, ao mesmo tempo, a ter mais cautela e não me deixar mais tão vulnerável.
Cada passo pensado, escudo sempre à frente e valores bem fixos na mente.
E de mais em mais, descobri que o calor espanhol faz milagres. Agora, com mais um idioma fluente (hahahaha) (gracias, feliz año nuevo, valla), aprendi que nunca se pode cortar o cabelo com alguém incapaz de compreender sua língua ou vice-versa. Não me perguntem como descobri isso, só sei que Chitãozinho, no início da carreira, fala por mim.
E viajar, trens, estações, albergues. Pessoas. Pessoas. (É, meu sonho se realizando.)
Subscribe to:
Posts (Atom)