Friday, October 19, 2007
Vícios de linguagem...
Eu subo pra cima, você desce pra baixo, eu entro pra dentro e você sai pra fora.
Atingindo a epifania, me pergunto a mim mesma: viciados em palavras, em fumaças, em notas musicais, em bebidas, em jogos, em números, em substâncias... mas... em erros?!
Acredito que se diagnostica o vício em errar quando ele foi previsto, pensado e repensado e, ainda assim, realizado. É como se o fazer certo não despertasse tantas emoções, nem dinamizasse o estático. Além do que, o viciado em erros, não se reconhece sem tropeçar ou fazer buracos...é quase como se perdesse sua identidade. Ou como se não se reconhecesse como humano..afinal já caracterizamos e associamos o erro ao fato de ser e existir..logo, não faria parte.
Como nada que provoca dependência é bem visto, escondo-me com minhas barras de chocolate, minhas notas musicais favoritas e minha coleção de erros. E que joguem a primeira pedra...
Sunday, October 14, 2007
Poesia em imagens
"Et tu étais admise bien sur
Tu as quitté Boston pour aménager à Paris
Un petit appartement dans la rue de Faubourg Saint-Denis
Je t'ai montré notre quartier
Mes bars, mon école,
Je t'ai présenté à mes amis, à mes parents
J'ai écouté les textes que tu répétais
Tes chantes, tes espoirs, tes désirs, ta musique
J'ai écouté la mienne
Mon italien, mon allemand, mes strippes de russe
Je t'ai donné un walkman
Tu m'as offert un oreiller
Et un jour,
Tu m'as embrassé
Le temps passait
Le temps filait
Et tout parait si facile
Si simple, libre
Si nouveau et si unique
On allait au cinéma
On allait danser
Faire des courses
On riait, tu pleurais
On nageait, on fumait
On se rasait,
De temps à autre
Tu criais
Sans aucune raison
Ou avec raison parfois
Oui, avec raison parfois
Je t’accompagnais au conservatoire
Je révisais mes examens
J'écoutais tes exercices de chant
Tes espoirs, tes désirs,
Ta musique
J'écoutais la mienne
Nous étions proches
Si proches
Toujours plus proches
Nous allions au cinéma
Nous allions nager
Rions ensemble
Tu criais,
Avec une raison parfois
Et parfois sans
Le temps passait
Le temps filait
Je t’accompagnais au conservatoire
Je révisais mes examens
Je m'écoutais parler italien, allemand, russe, français
Je révisais mes examens
Tu criais
Parfois avec raison
Le temps passait
Sans raison
Tu criais
Sans raison
Je révisais mes examens,
Mes examens,
Mes examens,
Mes examens.
Le temps passait
Tu criais
Tu criais
Tu criais
J’allais au cinéma.. "
(True - Paris, Je t'aime)
http://www.youtube.com/watch?v=ElEbcBHCrwA
Tu as quitté Boston pour aménager à Paris
Un petit appartement dans la rue de Faubourg Saint-Denis
Je t'ai montré notre quartier
Mes bars, mon école,
Je t'ai présenté à mes amis, à mes parents
J'ai écouté les textes que tu répétais
Tes chantes, tes espoirs, tes désirs, ta musique
J'ai écouté la mienne
Mon italien, mon allemand, mes strippes de russe
Je t'ai donné un walkman
Tu m'as offert un oreiller
Et un jour,
Tu m'as embrassé
Le temps passait
Le temps filait
Et tout parait si facile
Si simple, libre
Si nouveau et si unique
On allait au cinéma
On allait danser
Faire des courses
On riait, tu pleurais
On nageait, on fumait
On se rasait,
De temps à autre
Tu criais
Sans aucune raison
Ou avec raison parfois
Oui, avec raison parfois
Je t’accompagnais au conservatoire
Je révisais mes examens
J'écoutais tes exercices de chant
Tes espoirs, tes désirs,
Ta musique
J'écoutais la mienne
Nous étions proches
Si proches
Toujours plus proches
Nous allions au cinéma
Nous allions nager
Rions ensemble
Tu criais,
Avec une raison parfois
Et parfois sans
Le temps passait
Le temps filait
Je t’accompagnais au conservatoire
Je révisais mes examens
Je m'écoutais parler italien, allemand, russe, français
Je révisais mes examens
Tu criais
Parfois avec raison
Le temps passait
Sans raison
Tu criais
Sans raison
Je révisais mes examens,
Mes examens,
Mes examens,
Mes examens.
Le temps passait
Tu criais
Tu criais
Tu criais
J’allais au cinéma.. "
(True - Paris, Je t'aime)
http://www.youtube.com/watch?v=ElEbcBHCrwA
Friday, October 05, 2007
Espera chegar no refrão!
Finalmente terminei de ler o livro de Luis Fernando Veríssimo que se materializou no meu guarda-roupa. (Sim, existe um portal mágico para as prateleiras da Siciliano - caso o livro seja seu, não venha estragar minha fantasia..já pedi pelo "Caçador de pipas" e tenho a ctz de que ele vai aparecer)
O nome do livro é "O jardim do diabo", o primeiro romance do ilustríssimo. Tinha cá minhas interrogações quanto ao desempenho do Sr. Veríssimo nesse gênero...mas gênio que se preze, é mestre em contos, romances, poesias, obituário de jornais, bula de remédio ou folhetim das Lojas Americanas.
Outra coisa que anda se materializando aqui em casa (digo isso quando desconheço a procedência ou não quero lembrar) são as revistas Caras. Como não aprecio muito aquela coisa de ver todos ricos, felizes e sem problemas (já me saturei com os contos-de-fada da Disney) eu só folheio vagamente, pelo prazer de virar páginas ou por gostar do desafio de procurar algo verdadeiramente interessante lá dentro (façanha para poucos). Quando, um dia, me surpreendo com o meu querido amado na Capa. Olhei duas vezes, acho que três, para me certificar. Sim, era ele, tocando Sax. Procuro o mesmo entre páginas de Carlas Perez ou Bundchens, até visualizar meu ídolo gordinho sorridente. Fiquei alguns minutos imaginando o que ele estava fazendo ali..(é como encontrar uma receita de bolo em um livro científico) e me surpreendi quando encontro uma frase do mesmo dizendo que preferia tocar à escrever. Como não escutei suas notas musicais, bato o pé e prefiro suas palavras.
Um trecho desse último livro:
"O tempo passa, as pessoas mudam, é uma tragédia.
É isso, a tragédia é que o tempo passa. A tragédia humana é essa. O tempo é o instigador, o tempo é o assassino, o tempo é o profanador. É por isso que a inocência é impossível. Só o atemporal é inocente e nada é atemporal, tudo acaba aviltado pelo tempo. E pela certeza da morte, que é o último crime do tempo."
O nome do livro é "O jardim do diabo", o primeiro romance do ilustríssimo. Tinha cá minhas interrogações quanto ao desempenho do Sr. Veríssimo nesse gênero...mas gênio que se preze, é mestre em contos, romances, poesias, obituário de jornais, bula de remédio ou folhetim das Lojas Americanas.
Outra coisa que anda se materializando aqui em casa (digo isso quando desconheço a procedência ou não quero lembrar) são as revistas Caras. Como não aprecio muito aquela coisa de ver todos ricos, felizes e sem problemas (já me saturei com os contos-de-fada da Disney) eu só folheio vagamente, pelo prazer de virar páginas ou por gostar do desafio de procurar algo verdadeiramente interessante lá dentro (façanha para poucos). Quando, um dia, me surpreendo com o meu querido amado na Capa. Olhei duas vezes, acho que três, para me certificar. Sim, era ele, tocando Sax. Procuro o mesmo entre páginas de Carlas Perez ou Bundchens, até visualizar meu ídolo gordinho sorridente. Fiquei alguns minutos imaginando o que ele estava fazendo ali..(é como encontrar uma receita de bolo em um livro científico) e me surpreendi quando encontro uma frase do mesmo dizendo que preferia tocar à escrever. Como não escutei suas notas musicais, bato o pé e prefiro suas palavras.
Um trecho desse último livro:
"O tempo passa, as pessoas mudam, é uma tragédia.
É isso, a tragédia é que o tempo passa. A tragédia humana é essa. O tempo é o instigador, o tempo é o assassino, o tempo é o profanador. É por isso que a inocência é impossível. Só o atemporal é inocente e nada é atemporal, tudo acaba aviltado pelo tempo. E pela certeza da morte, que é o último crime do tempo."
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