Oh can't you see what love has done?
What it's done to me?Love makes strange enemies
Makes love where love may please
Soul and its striptease
Hate brought to its kneesThe sky over our head
We can reach it from our bed
You let me in your heart
And out of my head... head...
Monday, December 14, 2009
Oh, can't you see what love has done?
Wednesday, December 02, 2009
Não funciona...
Com o advento do orkut, entre outros meios online de contato e autopromoção, a sua vida se submete ao escrutínio alheio, seus olhares e opiniões que podem variar de acordo com o caráter de quem vê.
A velocidade da propagação da informação é algo admirável, mas isso se estende as suas conquistas e decepções pessoais, o que pode fazer com que você se sinta em uma mesa de autópsia diariamente.
O controle dessa exposição é algo contornável, sendo algo volitivo. O problema é que, na conjuntura atual da sociedade, evitar esses canais é uma forma de se isolar. As convenções sociais formalizaram esses meios de comunicação como preferenciais e evitá-los pode te deixar à margem de tudo e todos.
Afinal, como se preservar nessa nova era em que qualquer informação está a um clique do seu mouse?
Sinto falta de quando essa pergunta não existia.
Thursday, August 13, 2009
Saturno!
Começo de uma idéia que surgiu ao analisar o estar das pessoas.
Todos estão sempre em algum lugar, mas note como a satisfação do estar nunca é plena.
Parto dessa premissa e se você chegar para QUALQUER pessoa do mundo perguntando:
"- Se você pudesse estar em lugar diverso, agora, onde você estaria?" - as respostas poderiam variar, mas o estar sempre poderia se dar em outro lugar. Alguns diriam que estavam bem onde estavam, mas que uma passagem de graça para Paris não faria mal. Os parisienses, por sua vez, reclamariam do frio e desejariam o litoral latino. Os entediados pediriam alguma aventura em outras divisas e os apaixonados à distância diriam a latitude e a longitude do destino com precisão.
Como justificar essa inquietude do estar se, no final, tudo é mundo e se, não importa bem onde você esteja ou pra onde você está indo, de alguma maneira, ao chegar lá, você vai querer estar em outro lugar?
Penso que, talvez, tentemos acreditar que a insatisfação subjetiva poderia ser atenuada com a supressão da suposta insatisfação espacial. Uma das coisas que deve demonstrar alguma evolução no homo sapiens sapiens - e deve se enquadrar em algum conceito de "felicidade" - é o saber estar onde se está, com o que tem, com quem tem e conseguir estar pleno exatamente nesses moldes, precisamente nesse tempo-espaço.
Enquanto permaneço no modo neanderthalis, sigo olhando pras estrelas. E não me perguntem onde gostaria de estar.
"Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim
me sentir como se estivesse plena de tudo..."
Clarice Lispector
Wednesday, April 22, 2009
O pecado de estar só
Ser solteiro é blasfêmia em terceiro grau na escala dos padrões morais da sociedade.
Partindo dessa premissa, estar em um relacionamento tem um conceito bastante estranho pra mim. Aparentemente, estar comprometido com alguém é uma escolha comparada a coisas como...decidir se você quer ter o cabelo curto ou longo. Falam como se fosse algo ao nosso alcance, algo opcional e que você não escolheu por incompetência sua.
A pressão é indireta e casual, mas sentida de forma gradual e diária:
- Querida, porque você não está namorando?
Meu ímpeto é responder prontamente:
- Ah, porque não tinha pensando ainda nessa possibilidade...mas, só porque você falou nisso, agora vou providenciar! Pode deixar!...Tem algum telefone para encomendar sob medida?
Quantos relacionamentos existem para escapar da pressão social do pecado implícito do estar só?
Ficar sozinho não é fácil, mas não vejo como algo opcional se você espera algo verdadeiro para a vida. É, para mim, pressuposto para encontrar alguém que vá valer meus dias.
Partindo dessa premissa, estar em um relacionamento tem um conceito bastante estranho pra mim. Aparentemente, estar comprometido com alguém é uma escolha comparada a coisas como...decidir se você quer ter o cabelo curto ou longo. Falam como se fosse algo ao nosso alcance, algo opcional e que você não escolheu por incompetência sua.
A pressão é indireta e casual, mas sentida de forma gradual e diária:
- Querida, porque você não está namorando?
Meu ímpeto é responder prontamente:
- Ah, porque não tinha pensando ainda nessa possibilidade...mas, só porque você falou nisso, agora vou providenciar! Pode deixar!...Tem algum telefone para encomendar sob medida?
Quantos relacionamentos existem para escapar da pressão social do pecado implícito do estar só?
Ficar sozinho não é fácil, mas não vejo como algo opcional se você espera algo verdadeiro para a vida. É, para mim, pressuposto para encontrar alguém que vá valer meus dias.
E se o oceano incendiar
E se cair neve no sertão
E se o urubu cocorocar
E se o Botafogo for campeão
E se o meu dinheiro não faltar
E se o delegado for gentil
E se tiver bife no jantar
E se o carnaval cair em abril
E se o telefone funcionar
E se o pantanal virar pirão
E se o Pão-de-Açúcar desmanchar
E se tiver sopa pro peão
E se o oceano incendiar
E se o Arapiraca for campeão
E se à meia-noite o sol raiar
E se o meu país for um jardim
E se eu convidá-la para dançar
E se ela ficar assim, assim
E se eu lhe entregar meu coração
E meu coração for um quindim
E se o meu amor gostar então
De mim
(Chico Buarque - E se...)
Monday, March 16, 2009
Em desalinho
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
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